Líder do PMDB na ALEPA

Fui escolhido como líder do PMDB e durante meu mandato mostrei meu potencial quanto a necessidade de cobrar deste governador que realmente efetice políticas públicas de melhoria para nosso povo do Pará.



PMDB questiona Jatene na Assembleia Legislativa

O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Iran Lima questionou duramente o governador Simão Jatene, nesta terça-feira (3), na solenidade de abertura da 18ª. Legislatura, por ocasião da leitura da mensagem do governador ao Poder Legislativo estadual.

Iran Lima levantou pontos importantes que afligem a população do Pará, como a situação de caos na Saúde, na Educação e na Segurança Pública. A fala do líder do PMDB arrancou aplausos das galerias lotadas de populares e representantes de movimentos sociais. Iran Lima mostrou que o governador Jatene tem um discurso muito distante da realidade vivida pela população.
“O Pará que Jatene mostrou em sua mensagem é um verdadeiro País das Maravilhas, enquanto nosso povo sofre com o caos em todas as áreas”, disse o deputado. “O governo Jatene conseguiu piorar nossos números no IDEB, levando o Pará ao último lugar no ensino médio do Brasil. Além disso, temos uma evasão escolar de 18,4%, que é um número inacreditável”, declarou. “E o governo ainda elabora um falado ‘Pacto pela Educação’, que nada mais é que pegar dinheiro emprestado para fazer aquilo que já existe em diversos projetos do governo federal, mas que nosso governo estadual não demonstra a menor capacidade de implantar”, disse.
O deputado também afirmou que o Pará não possui a mínima estrutura em Segurança Pública. “Eu não conheço este Pará que o governador falou na sua mensagem”, disse Iran Lima. “Infelizmente, temos hoje um dos estados mais violentos do Brasil, com altos índices de homicídios, tráfico de drogas e assaltos por todo o Estado. Nossa querida Belém é a 9ª. cidade mais violenta do Brasil e a 18ª. mais violenta do mundo. Esta é a realidade do povo, que o governador não conhece, pois anda cercado de seguranças em luxuosos carros blindados”, concluiu.

Leia abaixo o discurso do líder do PMDB:

SENHOR GOVERNADOR, SENHOR VICE-GOVERNADOR, SENHOR PRESIDENTE DESTA CASA, SENHORAS DEPUTADAS E SENHORES DEPUTADOS, AUTORIDADES PRESENTES OU REPRESENTADAS, SENHORAS E SENHORES.

Gostaria de dar os parabéns aos parlamentares que tomaram posse no último domingo. Todos os que fomos eleitos sabemos o quanto foi fácil e ao mesmo tempo difícil de chegarmos até aqui. Fácil, porque o nosso sofrido povo reconheceu nosso trabalho e nos deu essa oportunidade de continuar laborando para toda nossa comunidade paraense. Difícil, porque nessa caminhada constatamos de muito perto o sofrimento e as necessidades do povo do Pará. Nessa jornada eleitoral, vimos as esperanças nos olhos de cada eleitor, pelas mudanças em busca de melhor qualidade de vida. E isso nos deu uma responsabilidade imensa. Por isso, não podemos perder um dia sequer. Até porque, senhoras e senhores, este estado já perdeu tempo demais para garantir dignidade ao seu povo.
Ouvi atentamente a exposição de Vossa Excelência e, legitimado como representante do povo do Pará, permito-me formular considerações em alguns pontos específicos.

ECONOMIA
Na economia, para usar as próprias palavras exaustivamente repetidas por V. Exa., o Pará continua produzindo riquezas e divisas para o Brasil, mas não para o povo paraense. Nosso estado testemunha suas jazidas minerais sendo dilapidadas. Como diria o jornalista Lucio Flavio Pinto: “É extrativismo mineral puro, de perfil colonial, portanto, que não desenvolve. E ele pesa em quase um terço no PIB do Pará”.
Sobra para o povo do Pará apenas o assombro com o descaso ou a incapacidade em transformar a nossa economia, para melhor distribuir a riqueza deste estado entre todos os paraenses.

DESIGUALDADES
As desigualdades regionais mostram-se absurda e igualmente preocupantes. É vergonhoso assistir em rede nacional a notícia de que nosso estado tem o município com o pior IDH do País. Quais as reais providências tomadas nos últimos anos para mudar essa situação?
A prova de que esses não são fatos isolados é que as regiões do Carajás e Tapájós estão permanentemente querendo se separar do Estado. Se é verdade que o Pará não se divide, como foi dito no plebiscito de 2011, é preciso acabar com as razões pelas quais o povo daquelas regiões quer a separação, como a inoperância e ausência do governo estadual.
Para 2015 o orçamento do Estado concentra 72% dos recursos para a Região Metropolitana de Belém, e apenas 28% para as demais 11 regiões de integração do estado. Esta é a forma mais cruel de divisão. Nem mesmo a mais básica e necessária manutenção e reparo de pontes estão sendo realizadas, prejudicando sobremaneira a mobilidade necessária para o desenvolvimento das regiões do Pará.
Um exemplo contundente deste descaso é a situação da ponte sobre o Rio Moju. Um ano depois que a ponte caiu, após ser atingida por uma balsa; e as obras estão paradas. Um absurdo, governador, uma situação que prejudica e isola regiões importantes do Estado. Nada justifica este descaso. Sei que V. Exa. vai dizer que parte das despesas e dos investimentos são apropriados pela Região Metropolitana, mas o fato é que as diferenças existem, são reais e são muito grandes.
É por isso que, na prática, o Pará já está dividido. De um lado, a parte do estado que recebe investimentos para ficar cada vez melhor. E tristemente se percebe que não fica. Do outro lado a parte esquecida que recebe migalhas do governo, que legal e solidariamente deveria garantir o seu desenvolvimento.
Uma injustiça que devemos procurar formas para reparar e compensar o mais rápido possível.

GESTÃO PÚBLICA
Sobre a gestão pública, é muito triste constatar que a atual administração não conseguiu implantar sequer um sistema capaz de avaliar resultados dessa gestão. Falo isso, baseado em manifestação expressa do Tribunal de Contas do Estado, ao relatar a análise do balanço anual do Pará.

EDUCAÇÃO
Na educação, os indicadores do IDEB-2013 apontam que somos o menor IDEB ensino médio do Brasil.
É preocupante constatar que o Pará não conseguiu cumprir as metas para os anos finais do ensino fundamental e nem do ensino médio. Tal fato se reflete diretamente na incapacidade do estado em preparar nossos jovens para enfrentar as exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
Em 2013, tivemos a maior taxa de evasão escolar no ensino médio, chegando a inacreditáveis 18,4%. Onde estão nossos alunos, senhor governador? A sociedade paraense espera uma resposta.
A base física da educação encontra-se de tal forma sucateada, que no orçamento de 2015 apresentado pelo Executivo está consignada a necessidade de duplicar a aplicação em despesas de capital, para recompor o nosso parque educacional. A verdade é que, se temos dinheiro, falta gestão.

SEGURANÇA PÚBLICA
A insegurança pública é certamente o problema que mais assusta nossa população. A famigerada “sensação de insegurança” não mais existe, porque essa sensação virou realidade, e está bem próxima de todos. Quem de nós ainda não foi vítima ou conhece pessoalmente quem já sofreu alguma forma de violência? É muito triste e preocupante confirmar o título, para Belém, de 9ª cidade mais violenta do país e a 18ª cidade mais violenta do mundo!
O Propaz, definido por V. Exa. como solução da segurança para o Estado, e para o qual foram destinado milhões de reais entre 2012 e 2014, não conseguiu demonstrar que as ações desenvolvidas reduziu a marginalidade. A cada dia muitos de nossos jovens se tornam especialistas no crime e na violência, ao mesmo tempo em que são suas principais vítimas.
Somos todos reféns das delegacias sucateadas, da falta de pessoal qualificado; de tropa sem aparato mínimo; das seccionais fechadas a noite e nos finais de semana, o que gera distorção nos dados e ameniza as estatísticas, ocasionando subregistros, deixando a população descoberta de serviços de segurança e a mercê da bandidagem.
Aqui não somos, sr. governador, arautos do caos, mas sim representantes da maioria da sociedade que clama por mais segurança.
Com essa total falta de incentivo à segurança, faço uma pergunta: quantos em seu governo têm a coragem de ir a um hospital visitar um policial ferido, ou comparecer a um enterro, levando a solidariedade do governo às famílias enlutadas?
Mas nem tudo em meu querido estado do Pará são notícias ruins. A receita própria estadual teve o maior crescimento real do Brasil nos últimos quatro anos, aumentando em fantásticos 41%. Devemos reconhecer que muito desse índice se deve a valorização e a consequente atuação do servidor do fisco estadual. Porém, em que pese esse crescimento financeiro, é triste reconhecer que a sociedade paraense não teve o correspondente crescimento na qualidade dos serviços prestados pelo estado, apesar de V. Exa. reconhecer esta situação. Se a receita per capita é de R$200,00 mensais, isto já é bem maior que a receita de 2011, que era de apenas R$150,00.
Isso tudo que aqui expomos, senhor governador, é o mínimo que o Estado do Pará pode fazer para defender o seu povo, retratado em cada um daqueles olhares que testemunhamos pessoalmente, e de quem recebemos o importante voto de confiança. Temos que fazer jus a ele.
Que Deus e Nossa Senhora de Nazaré protejam o nosso povo paraense. Muito obrigado.


DEPUTADO IRAN LIMA
Fonte: Facebook PMDB

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